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Observação - 7 de abril 

     No dia 7 de abril de 2015, chegámos à Escola Básica de 1º ciclo com Pré-escolar da Ladeira por volta das 8:15h. Quando entrámos na sala, foi-nos possível assistir à chegada da maior parte das crianças e, neste momento, pudemos verificar que a educadora tem uma boa relação com todos os pais. Num primeiro momento, nós fomos para a área dos jogos interagir com as crianças. Evidencia-se que esta foi uma das estratégias que utilizámos para criar laços com as crianças. Afirmamos que estas demonstraram-se, desde logo, recetíveis à nossa presença na sala. Entretanto, chegou uma criança que nos despertou toda a atenção, pois quando esta despediu-se da sua mãe, correu e subiu para cima duma mesa de cabeceira, que se encontrava na área da casinha, para que da janela conseguisse ver a sua mãe a ir embora. Neste momento, a educadora referiu que no caso daquela criança, teria que deixá-la fazer aquilo para que pudessem prosseguir com normalidade as atividades programadas. Esta atitude, deve-se ao facto da educadora cooperante já ter tentado contratiar este comportamento inúmeras vezes, não tendo tido o resultado esperado. Ainda assim, é de acrescentar que este comportamento era o único que a educadora tolerava, mesmo não sendo a favor, uma vez que esta nos parece apresentar carência de afeto por parte da família.

   De seguida, próximo das 9:15, a educadora reuniu as crianças no tapete, para dar início as atividades programadas. Primeiramente, a educadora começou por cantar a canção dos bons dias e as crianças iam mimando a letra da música. Posto isto, a educadora perguntou qual é o dia da semana e procedeu à contagem das crianças presentes na sala. No entanto, como nem todas as crianças estavam presentes, a educadora disse-lhes que faltavam x crianças e estas nomearam as que estavam ausentes. Neste momento, foi possível verificar que as crianças manifestam dificuldades nos dias da semana, bem como na realização de contagens progressivas. Além disso, é crucial referir que este momento dos bons dias é feito diariamente, da mesma forma, trabalhando os dias da semana, as contagens progressivas, as regras do bom funcionamento da sala, a noção de tempo, desenvolvendo o raciocínio lógico-matemático, a interação criança-criança e criança-educador, a linguagem e, ainda, o conhecimento do mundo.

     Seguidamente, a educadora formou o comboio para que as crianças se dirigissem à cantina para lanchar. O critério utilizado para formar o comboio era chamar uma menina e, de seguida, um menino. Note-se que esta foi a estratégia encontrada pela educadora para que o grupo se comportasse de forma adequada ao longo do percurso. Quando chegaram à cantina sentavam-se pela ordem do comboio, ficando sempre um menino e uma menina. No lanche, foi possível observar que nem todas as crianças lanchavam. Porém, as crianças que lanchavam umas comiam o pão e o leite e outras, apenas, bebiam o leite. Conforme estas iam terminando, deitavam a cabeça em cima da mesa e quando a maioria tivesse terminado procediam à elaboração do comboio. Posto isto, as crianças acompanhadas com as auxiliares, estagiárias e educadora dirigiam-se para o recreio. Neste espaço, podemos observar que a escola oferecia às crianças um escorrega, dois baloiços e outros recursos de lazer adequados para as mesmas. Assistimos a pequenos conflitos entre as crianças na utilização dos baloiços, pois eram apenas dois para aproximadamente 90 crianças.

     Por volta das 10:30, as crianças formavam novamente o comboio e iam à casa de banho, seguindo de seguida para a sala. Nesta altura, a educadora introduziu o tema da primavera, através do conto de uma história da “Branca de Neve”. Posto isto a educadora, fez uma breve recapitulação da história contada para que pudessem interiorizar algumas caraterísticas desta estação do ano. Pudemos observar que apesar da maioria do grupo ter 3 a 4 anos de idade, conseguem captar com facilidade os aspetos essenciais da história que fora contada.

      Após uma breve discussão da história, a educadora organizou-os em pequenos grupos de trabalho - aproximadamente de 8 crianças por mesa - onde distribuiu folhas brancas e lápis de cor. Propôs às crianças que representassem cenários que iam ao encontro da estação falada. Todavia, verificámos que a maioria tem dificuldades no que diz respeito ao desenho, estando a maioria deles, ainda, na fase da garatuja descontrolada.

          Posteriormente, a educadora organizou novamente as crianças numa fila indiana (comboio) para que as mesmas fossem almoçar. Ao longo do almoço, foi-nos possível observar que de um modo geral as crianças comem sozinhas facilmente. Quando estas terminam a refeição, formam novamente o comboio para irem à casa de banho. Posto isto, as crianças dirigem-se à sala para que possam descansar das 13:00 até às 14:30. Neste momento, as educadoras da sala fazem a passagem de serviço, a educadora do turno da manhã, regista num caderno as informações, como o que foi o almoço, quais as crianças não compareceram e outras informações, para que educadora do turno da tarde tome conhecimento sobre o que ocorreu de manhã. 

 

 

 

        

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